segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O oposto do ontem

                                

Eu fui aquela que dizia saber frear os sentimentos quando quisesse. Mas a verdade é que nunca foi assim. Nunca da maneira que eu queria. Eu fingia esquecer, fingia não amar mais... mas por dentro havia um coração cheio de sentimentos, ainda, vivos.

E a verdade é que certas sensações só morrem, dentro de nós, quando não esperamos. Quando estamos despercebidos, ocupados em meio a trabalhos. Mas é isso. Sempre foi. Eu que sempre tentei controlar o que sentia. Só que aí, resolvi que o melhor era esperar o tempo acabar com a dor e o tamanho amor que eu guardara.

Até que, vendo umas fotos em meu celular, encontrei uma dele, que não era tão antiga, mas que sempre me fazia chorar. E o engraçado, é que não senti nada. E consegui, sem implorar por forças, apagar aquela e outras duas que eu guardava com tanto amor, mas que agora não significa nada. Mas como assim? A pouco tempo era tudo pra mim, e hoje consigo vê-lo sem tremer, sem suar? Exato. Que absurdo! E eu que pensava que isso nunca ia acontecer. Pois é, aqui estou eu. Livre outra vez. Mas se alguém me perguntar como isso acabou, acho que poderei responder com quatro palavras: meu coração se desgastou. E foi simplesmente isso. Chega uma hora, que esse pobre órgão, acaba cansando de correr atrás de quem só o magoa. Cansa de suplicar por atenção. Cansa de pedir, ao menos um pouco, de amor em troca. E ainda assim, não ter sua pequena recompensa. E não teve mesmo. E eu sofri. Não pense que foi fácil, que foi rápido. Durou 7 anos. E se isso não foi amor, não sei mais o que poderia ter sido. E quer saber? Não o quero nem como amigo.

Talvez eu queira outro tipo de amor. Talvez não. Eu quero e terei. Só que dessa vez eu espero encontrar alguém que não tenha medo de amar. Que seja diferente do que já passou por mim e fez meu coração postular atenção. E que esse venha com o sorriso mais lindo do mundo. Com o abraço mais quente e adorável. E com um amor imenso. Mas sabe de qual amor estou falando? Daquele que não se esconde, que não mata, que não faz sofrer... e que se me fizer chorar, será de felicidade. Entendeu? Quero tudo ao contrário! Um amor novo, doce e paciente. E será apenas o que preciso, o que não recebi... mas que na hora certa chegará e abalará toda a minha estrutura física e mental.... fazendo o bem, ao contrário do que já foi um dia.

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