terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Um percurso doloroso


Chegou a noite. Isso. Chegou a hora de eu ficar atormentada ainda mais, como se não bastasse todo o dia. Sentada de frente a lareira, vejo o fogo queimar e me lembro de como o nosso amor já foi ardente. Mas ele acabou. Da sua parte acabou. E só me dei conta disso de ontem para hoje. Já que no Réveillon você nem deu sinal de vida. Não ligou, não mandou email e nem mensagem. Eu não esperava, mas aconteceu. Eu, em plena virada de ano, acabei sendo sucumbida pela tristeza, que ocasionou novas feridas em meu peito.

O que me machuca, ainda mais, é que hoje você partiu pra uma cidade distante da nossa. E nem faço ideia quantos quilômetros nos separam. Mas não entendo porquê, só aqui dentro de mim, esse amor não morreu e não morre, por mais que eu tente. Como isso pode acontecer comigo? Não é justo, moço. Você está seguindo com sua vida e eu ainda estou pensando no que foi e não volta mais. Talvez o raio não caia tantas vezes no mesmo lugar. Mas cai o suficiente pra arruinar, causar danos. Porque olhe só como estou.

Eu sei que posso viver sem você. Até porque nunca deixei você me dominar ao ponto de chegar a uma exacerbada dependência. Mas sei que essa caminhada será tão dura... Para uma mulher como eu. Não que eu seja fraca ou algo do tipo. Aliás, acho que falando do amor que sinto por você... Sim, sou fraca. Estou fraca. Não deveria, de modo algum. Mas estou, neste momento. E por saber tudo que enfrentarei, por saber que haverá frio no novo percurso que estou tomando, neste novo ano, já sinto as consequências aqui dentro de mim. Só que, moço, eu me curarei desse vício que é te amar, te procurar e sentir prazer pela dor que me causa. Eu me curarei por completa. E isso não vai demorar. Não mais.

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