terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A última



Oi, como vai você?
Vou ser breve. É porque não resisti e mais uma vez estou lhe enviando um email. Esse é o mais duro de todos, e último.

Começo dizendo que não te reconheço mais. E se quer saber, não é essa pessoa aí que considerei minha melhor amiga e minha irmã. Na verdade talvez você nunca tenha sido essa pessoa. Depois de tudo que vi acontecendo, percebi que eu te inventei. Só pode ter sido isso. Pois o quanto você está diferente, só me assusta e me decepciona. Sabe, estava doendo bem mais... E como dizem que o tempo cura, essa tem sido minha realidade, acreditar pelo menos no tempo.

Eu esperava mais de você. Esperava consideração, perdão, carinho e conversa. Esperava até que me desculpasse pelos erros que não cometi e que assumi para não perder você. E o que adiantou? Não adiantou nada. Nunca me adiantou ter carregado o mundo em meus ombros, os erros alheios e aqueles que realmente são meus. 

Na semana passada fui a sua casa e você não quis me atender. Simplesmente sumiu. E não é só por isso que digo que não te reconheço e não faço questão mais. Se você quer continuar assim, boa sorte. Não te desejo mal. Pelo contrário. Eu só desejo uma coisa: que jamais crie expectativas em cima de quem não tem nada para te oferecer, assim como fiz em relação a você.

Um adeus... 
De quem nunca quis te abandonar, mas sem ter outra opção
Se foi.

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