domingo, 27 de dezembro de 2015

Não tem volta


"Oi,
posso entrar?"

Acordei ouvindo esse seu pedido.
Levantei correndo, parei na sala e fiquei na dúvida se era você mesmo. 
Foi depois de respirar fundo, que abri a porta.

"Oi." - meio assustada respondi.
"Te disse que se tudo isso fosse de verdade, voltaria.Eu só quero dizer que fiz tudo errado. Pisei na bola. Errei contigo. E percebi que é você a mulher da minha vida. Te amo demais. Deixa eu te contar tudo. Eu quero me explicar. Você tem que entender o porque fui embora da sua vida."
"Agora? Depois de todo esse tempo?" - perguntei.

Continuei te ouvindo. E enquanto percebia suas mãos um tanto trêmulas... Ia recordando nossa despedida. Pra você foi algo tão normal, duro e seco. Só que pra mim foi diferente. Machucou bastante, doeu ver alguém saindo sem dar um motivo, uma explicação. 

Agora volta?

"Desculpa estar te interrompendo enquanto tenta colocar vírgula onde já tem ponto final. Não tem mais nada aqui que eu possa te oferecer. E também não quero aceitar nada de você. Só quero que saia por essa mesma porta, não volte nunca mais com essas suas palavras que sempre foram da boca pra fora. E quanto a mim, depois de me recuperar, posso dizer que: sim, estou muito muito bem. Obrigada."


3 comentários:

  1. Oii Mart! Obrigada pela visita no Verdadeescrita.com Adorei seu cantinho por aqui tambem. Gosto do jeito que voce escreve. Vou te acompanhar por aqui tambem. Beijos

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    1. Muito obrigada pela visita, Rebeca!
      Será sempre bem vinda!

      Um beijão.

      Mart

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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