domingo, 17 de janeiro de 2016

Já disse que é ano novo?


Hoje senti uma vontade tão grande de escrever. De voltar aos meu 9 anos, segurar aquele meu diário ou o bloquinho de folhas brancas recortadas, e ir me desmanchando. Liguei aquela velha música do Nickelback e de fundo, até mesmo agora, tenho a chuva caindo na janela.
Que saudade do mundo.
Aliás, que saudade que eu estava de mim mesma.
Antes tinha tanta gente para conversar, contar como foi o dia, marcar vários encontros. Hoje, quem restou?
Restou só o necessário.

Como doeu ter que ir me despedindo de tanta gente nesses últimos 4 anos. Acho que nunca vai parar de latejar aqui dentro. Não é porque uma pessoa foi embora da minha vida, que ela será esquecida. Não sei... Mas tenho essa vontade besta de manter aqui dentro, quem já foi e não quer mais voltar. Acho que tudo isso se chama: esperança.

Por outro lado, estou com um orgulho danado de mim. De tudo que passei para chegar até aqui. De quantos medos enfrentei, de quantas lágrimas chorei, de quantas noites perdi. Ou aliás, ganhei, pensando e sonhando. Moldando e me curando.

Tão distante de tudo.
Meio sem direção.
Em uma mão uma mala vazia.
E na outra
o coração.

Eu fui.
Sem data
e previsão
de volta.

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