quarta-feira, 29 de junho de 2016

Se é tarde: já nem sei


Nunca imaginei esse momento, de verdade. Jamais pensei que estaria desabafando aqui nessa caixa de email, ainda mais depois de tanto tempo e agora sendo 1 da manhã. Mas fazer o quê? Eu preciso te falar. Não sei se queria que eu soubesse, mas vi o comentário daquela garota na sua foto, sim. Vi que vocês tiraram umas fotos, sim. Vi que isso está ficando sério, sim. Vi muita coisa. Vi o que não queria ver, sim. 

Mas é que depois de olhar todas suas redes sociais, me deu uma tremedeira, uma preocupação. Estava ocupada demais essa semana escrevendo umas coisas para o jornal da cidade. Que sinceramente, não esperava... Ainda mais depois de todos esses meses. Nem estamos conversando com a frequência de antes, mas lembro que a última vez que nos encontramos foi em um barzinho de Curitiba, meio por acaso, e mesmo assim fiquei tão feliz.

Fui procurar no Google e até mesmo no dicionário o significado da palavra ciúmes, que bateu tão forte aqui dentro de mim. E é isso mesmo. Não consigo nem me enganar. É que deu uma saudade danada de nós dois, dos bons momentos, de tudo que passamos juntos, do que a gente ia passar mas não deu tempo. Não deu tempo porque você teve pressa demais e saiu correndo, arremessando tudo para o alto, sem se quer me perguntar se eu iria sentir falta.

E quer saber a verdade? Eu sinto falta até hoje. Descobri que o amor não morreu, mas permaneceu quieto aqui por todo esse tempo. Tive que pensar em outras coisas. Porque me diz, vai, como ficaria demonstrando tudo isso para quem estava vivendo afoito? Não podia te atrapalhar. Seus planos eram outros. Mesmo achando que continua trilhando um caminho diferente do meu, ainda te vejo em cada música. Parece que você está cantando ao meu lado quando coloco nosso disco preferido. É incrível, mas consigo te sentir.

Quero aproveitar pra dizer que continuo tendo uns sonhos estranhos a noite, penso até em te ligar pra ver se entende alguma coisa, se é algum sinal do céu ou coisa assim. Continuo olhando para as camisetas da gaveta e o perfume que você deixou aqui a última vez que veio, abro o frasco e gosto de sentir nos momentos mais difíceis para conseguir dormir. Sempre dá certo, e ainda costumo sonhar contigo. Aí me preocupo mais uma vez: quando isso vai passar?

Desculpa estar enchendo sua caixa de email com esse texto todo desajeitado, meio sem nexo talvez, e quem sabe um pouco tarde demais, não porque já é uma da manhã, mas porque acho que já me esqueceu completamente. Se é que algum dia marquei sua vida de verdade. Vai saber, né?
Deixa eu terminar:
1. é que eu vi tudo aquilo e me preocupei, pensei que podia ser eu a mulher da tua vida.
2. mas tudo bem, acho que está feliz apesar de tudo, mesmo que eu tenha pensado que podia ser eu a mulher da tua vida. 

Entendeu? Quem planejou isso fui eu. Não te culpo. A culpa foi minha por pensar e sonhar demais.
Dizer que desejo que seja feliz com ela ou qualquer outra é tão "sem noção" para um momento como esse, e até consigo ouvir sua voz daqui dizendo "mas o que ela quer escrevendo tudo isso?". 
A verdade é uma só, 
eu só queria dizer que
bateu saudade.

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