quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Destino ou coincidência?


Ainda não sei se foi destino ou coincidência mas simplesmente lembro todos os dias daquilo que nem aconteceu, me perco nas pequenas lembranças, aquelas miúdas, sabe? Mas guardei com tanto carinho. Outras coisas confesso que inventei, sonhei naturalmente. Sonhei e imaginei feliz, você nem imagina o quanto, fazia tempo que não me sentia assim e tive um período tão curto para continuar com todo esse sentimento, porque o que resta agora é saudade.

Você faz falta aqui com a sua risada alta, suas mãos na minha cintura e querendo que eu divida seu whisky. E veja só, te contei que preferia cerveja, mas pra te deixar contente ainda dei uns goles no seu copo, o que era aquele pouco te deixando feliz com toda a alegria que explodia em meu peito? Nada, nada. Você faz falta aqui contando histórias sobre sua família com todo aquele orgulho de ter nascido nela. Você faz falta aqui até mesmo contando sobre o trabalho e como ficava satisfeito em realizar seu sonho diariamente. 

É que você simplesmente faz falta junto da sua alegria de viver, mas não se preocupe quando eu disser que estou tentando levar a vida mesmo sem a sua presença, mesmo quando tudo isso me machuca e me faz sentir saudade. Não se preocupe com as histórias que criei aqui dentro, são minhas que incluíam você, porém minhas. 

Sei bem que atropelou toda a história que estávamos começando naturalmente, talvez por medo ou vontade de viver outra coisa no momento, mas me deu curiosidade, te falei, me deu curiosidade. Queria saber um pouquinho mais sobre sua história, esse olhar que sorri, essa roupa toda passada e a risada alta, queria descobrir tanta coisa ainda, e mesmo sem conseguir concluir gostei tanto.

E a gente nem teve despedida, foi só uma porta trancada e uma chave jogada por baixo do portão. Foi só uma mensagem não respondida e menos um seguidor nas redes sociais. Foi assim que você preferiu ir embora, de mansinho como quem imagina que não vai quebrar nada e sem se dar conta atropela tudo e inclusive toda a história que podia existir. 

Foi em silêncio que você preferiu ir embora, assim... Sem dizer tchau, sem choro frente a frente, sem chance de eu poder tentar te convencer. Não teve nada disso, pensa como fiquei? Mas vai ficar tudo bem, eu só precisava dizer que isso não tinha acontecido antes, que talvez tenha sido o destino para que eu pudesse ter um novo aprendizado, por outro lado talvez tenha sido mesmo uma grande coincidência te encontrar e te amar, mas sem poder te segurar: simplesmente te ver partir.

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