Preciso falar sobre 2016

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Que ano. Mais leve que 2015, porém mais pesado que 2014. Confesso ainda que iniciei o ano meio atribulada, coração meio cheio de tudo, a alma pesando o mundo e a cabeça na lua. O primeiro semestre teve desespero, ansiedade a (quase) mil e um pontinho (grande e gordo) de medo daquilo que poderia ser o semestre que ia chegar. 

Mas o segundo veio para que eu pudesse respirar, me libertando de várias amarras, ou posso chamar de fitas que agiam na minha vida fazendo nós e não laços. Dá para entender? As fitas da minha vida foram prendendo momentos, e algumas (poucas) pessoas, causando assim: dor. Por outro lado o coração, apesar de tudo (tudo mesmo) conseguiu conquistar uma calma maior comparada aos trancos e barrancos que ele tinha passado. 

Algumas viagens ocorreram, os pés na areia, os olhos sorriram reparando o mar e sonharam. Sonharam muito. Encontraram outros olhares e o coração criou mil histórias, a alma também sonhou, logo essa alma que estava tão quieta, sonhou, acredita? Tudo que aconteceu foi bem singular, simples, modesto, bonito.

Não vou dizer que não chorei em 2016, ah, chorei sim e não foi pouco. Mas sinto que consegui respirar em alguns (bons) momentos. Observei muita gente, muitos passos e estou conseguindo terminar o ano com novos planos e sonhos, o difícil é conseguir afirmar se conseguirei deixar tantas histórias que minha cabeça criou para trás, mas se eu não der conta de fazer isso: paciência, tudo isso está formando essa aqui que vai para 2017.

Ah, ano novo, eu estou te esperando como uma menina que espera o moço do algodão doce, como o menino que gosta de sorvete e picolé no calor, como uma mãe espera um filho. Ano novo, me espera também, que estou só terminando de pontuar alguns sentimentos aqui bem dentro de mim, para conseguir virar a página, para lá na frente olhar pra trás e sorrir, sem sentir saudade, mas ainda sim sorrir. 

Sabe, ano novo, cansei de sentir falta do que passou. Eu quero sentir vontade de viver intensamente o que ainda vai acontecer, esperar o que você tem a me oferecer. É que sinceramente, não dá mais para caminhar para trás feito caranguejo, e eu preciso percorrer o mundo, os sonhos, a minha própria vida.

Venha, 2017,

te quero e

estou a te esperar.