domingo, 22 de janeiro de 2017

Não sabemos sobre o tempo


A gente nunca sabe o tempo que alguém vai ficar dentro de nossos corações. Mas o tempo que estiver, que seja único, verdadeiro. E tem sido assim com nós dois. Sei bem que não tem mais volta, por mais que ainda continue pedindo ao destino que me surpreenda, porém não sei o tempo que sua voz e esse sentimento continuarão aqui, tão vivos assim.

Nunca me dei bem com despedidas, e entre nós nem isso teve. Por um lado achei bom, por outro me senti muito mal pelo fato de não ter tido a chance, pessoalmente, de tentar te convencer a ficar. Sei bem que enviei mensagens e até liguei, mas pelo que entendi, você também nunca foi bom em dizer adeus.

Esse seu lado capricorniano de quem tem tudo sob controle foi só para me passar um pouco de segurança, porque no fundo, você tinha um turbilhão dentre desse coração. Uma vontade enorme em crescer, estudar, viajar o mundo e a levar tudo muito a sério. Agora deu para perceber. Já o meu lado escorpiano, cheio de cobranças, ciúmes, misturado com meu ascendente em sagitário que torna muita coisa mais leve, te deixou bem confuso.

E qual foi sua decisão? Me chamar para conversar? Gritar sem parar? Apontar meus erros? Seus erros? Antes fosse, você preferiu se retirar. E fico aqui perguntando ao céus até quando vou te ter em minha cabeça, e aqui dentro de mim? 

Não é porquê estou em silêncio que meu coração esteja calmo, pelo contrário, ele está gritando, pedindo respostas, pedindo uma solução pra cura da dor que você causou. Mas no fundo, no fundo mesmo, não posso julgar o que se passa aí dentro. Mesmo sabendo que o maior sinal dessa mágoa misturada a grande saudade, é o meu "silêncio".

Sei que tudo isso foi verdade, todo esse sentimento, pelo fato de que apesar das coisas que aconteceram, ainda quero te ver bem, seja do lado de cá, ou desse lado daí. E é estranho porque antes de dormir eu peço a Deus que faça a vontade dEle, mas que se te trouxer de volta, voltará pra mim toda a felicidade e toda a dor da saudade que carrego no peito sararia.

Por um minuto pensei em te ligar pela última vez, como quem diz: ainda te espero aqui. Por outro lado, me neguei procurar quem fugiu e parou de responder inúmeras mensagens. Mas confesso, quando o telefone toca, vou implorando que seja você. Quando alguma mensagem chega, vou pegando o celular na esperança de que receba algo como: adivinha quem chegou na sua porta, sai aqui, vamos matar essa saudade.

Logo eu, que não pedi muito, que só queria viver dia após dia. Logo eu, que dizia a todos que o amor passaria bem longe de mim e não me acertaria tão cedo. Veja só, ele chegou, me envolveu e correu depressa depois. Não sei até quando irá durar tudo aqui dentro, mas não acabou ainda. Está tudo vivo e a chama acesa.

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