segunda-feira, 7 de julho de 2014

Companhias indesejáveis



Eu sei. Agora eu estou distante. Aluguei um quarto em uma cidade grande, e simplesmente me fui. O intuito sempre foi deixar pra trás as lembranças que me consumiam. E eu, claro, achava que isso poderia se realizar. Mas não é bem assim. Não me disseram que quando a gente vai, as coisas não ficam (totalmente) para trás. Quando a gente vai, tudo continua dentro de nós. Pra onde eu for vou carregar os sentimentos que em mim já estavam. E então, assim, descubro que a culpa não é do lugar. É minha.Sou eu que não consigo esquecer. Sou eu.

Quando estou sozinha, no meio da noite, paro pra pensar  no quanto eu podia ter sido feliz com você se não fossem meus erros e meu desajeito. Eu começo a me culpar, quando na verdade não estou errada em sair assumindo meio mundo. A culpa foi toda minha, mesmo. Por mais que eu não queira. Logo eu que sempre odiei essa coisa de ser ‘quem leva a culpa’. Ela é minha. Apenas.

Essa ainda sou eu, aquela que fugiu dos seus abraços. Dos seus beijos. Das suas palavras. Do seu cheiro. Aquela que deseja tudo aquilo que perdeu, de novo. Aquela que hoje vê você feliz e repara que te perdeu. Mas eu sei que aonde eu for irei te levar em meu coração.

É algo tão forte. Tão nocivo. Tão prejudicial a minha saúde manter em meu coração alguém que já foi embora. Mas é o jeito de te ter de novo.E quando a saudade bate assim, rapaz. Quando bate forte exatamente assim. Eu só fecho os olhos e peço para os céus cuidarem de você pra mim. Se eu não posso estar com você agora, que você, então, permaneça em mim.


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