domingo, 18 de outubro de 2015

Nós só dizemos adeus


Você lembra da última vez que tinha me ligado pra dizer que tinha encontrado uma nova namorada e que tudo o que a gente estava vivendo já tinha virado passado? Então. Eu desliguei aos prantos. Chorei tanto que pensei que iria desmanchar num mar de lágrimas. Eu jurei que não te procuraria mais, porque sinceramente, nem preciso explicar aqui o quanto você me enganou nesse tempo todo. O quanto também eu me iludi e acabei criando esse tal alguém que não era nada mais que um personagem de uma história da minha cabeça. 
E eu desisti. Você viu que eu sumi. 
Estava tudo tão tranquilo. 
Segui minha vida, parei de olhar pra trás... 
Mas então alguém resolveu aparecer.
Droga, você de novo me encontrou. 
Me deu uma felicidade absurda quando vi aquela sua ligação. Só que junto veio um medo, medo tão grande, de tudo. Medo desse amor que vem como um tiro e sai acertando o meu peito, a minha mente, fazendo com que eu te queira cada vez mais, e que ele só estava aqui, calado, mas jamais morto.
Vai, me diz, o que deu em você? Precisava demorar quase dois anos pra vim dizer que sim, sou eu a mulher da tua vida? Acha mesmo que vou acreditar agora? Mesmo que, no fundo, o meu sonho sempre tenha sido ouvir isso de você. Mas não assim, de qualquer jeito, como quem não tem dó de quem sofreu e ficou numa maré de azar e tristeza.
Na ligação, que durou cerca de uma hora, não jogamos nada na cara do outro, mas teve um silêncio no meio da conversa que foi ensurdecedor pra mim. Pareceu um choque de realidade, quando eu estava caindo, de novo, em seu jogo. Foi ao mesmo tempo doído pra mim. Machucou de verdade. Foi um breve filme que passou, a dor chegou de fininho, me atacou, e eu resolvi despedir em seguida. Você prometeu ligar de novo, me visitar. E eu dei um "tchau, tenho que ir". Quando na verdade eu só queria ir ao encontro dos teus braços.
Mais uma vez eu caio em lágrimas e pergunto ao mundo o porquê dessa sua volta repentina. 
Passam-se dez, vinte dias e você...? Nem sinal. 
Olhei os emails, chequei todas as mensagens, tremi quando o interfone tocou e percebi que não, não era quem eu pensava... Era só a pizza do domingo. Porque, mais uma vez, nem sinal de você.

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